terça-feira, 28 de julho de 2009

Poema



Tem nove anos e no meio das suas brincadeiras de criança, resolveu escrever uma letra para uma música que já conhecia.
O resultado foi este:
Sinto uma dor
Dentro de mim
É o amor
Que é mesmo assim
Isto é lindo
Como uma flor
Num lugar florido
Com muita cor
Com muita cor.

sábado, 25 de julho de 2009

Padrão do Salado



É Monumento Nacional e foi erigido em 1342, no reinado de D. Afonso IV, para comemorar a participação portuguesa na Batalha do Salado, travada em Outubro de 1340, entre os reis cristãos (Castela, Aragão e Portugal) e os emires de Granada e de Fez.
O monumento é constituído por um alpendre gótico em granito que abriga um cruzeiro em calcário dourado.
Pela valentia demonstrada pelo rei português, este ganhou o cognome de o Bravo. Também se distinguiram pela coragem os peões portugueses, entre os quais se encontrava um importante corpo de vimarenenses.
É possível observá-lo de perto no Largo da Oliveira, em Guimarães.

domingo, 19 de julho de 2009

Fonte do Ídolo



É um monumento rupestre de cariz religioso e é o santuário deste tipo mais relevante da Península Ibérica, também conhecido por Tanque do Quintal do Ídolo.
Foi classificado como Monumento Nacional em 1910 e por Decreto-Lei de 1970 foi determinada uma zona de protecção à volta do monumento.
Ainda não se conhece muito bem a história da sua descoberta. Embora seja um monumento da época romana, não aparece mencionado no mapa de Georg Braun, de 1594, onde se podem ver diversas referências a pontos da cidade romana. Em 1634, o arcebispo Dom Rodrigo da Cunha publica a "História eclesiástica dos arcebispos de Braga", onde também não aparece nenhuma referência ao monumento. Apenas em 1728, Jerónimo Contador de Argote, faz uma descrição detalhada e ilustrada na sua obra "Memórias para a história eclesiástica do arcebispado de Braga".
Segundo a interpretação feita por alguns autores, o monumento terá sido mandado construir por Célico Fronto, originário de Arcóbriga (Monreal de Ariza, Saragoça), pertencia ao clã dos Ambimógidos, e que terá vivido em Bracara Augusta no século I, onde desempenhava a profissão de restaurador de edifícios. Ainda segundo Francisco Sande Lemos, seria um monumento particular integrado numa domus suburbana (a residência do próprio Célico) e segundo Manuela Martins, poderia ser um santuário público mandado edificar por Célico Fronto para usufruto da comunidade local, sendo um dos raros exemplos de evergetismo (o senso de "generosidade" característico dos notáveis antigos) na cidade romana de Bracara Augusta.
A fotografia foi tirada no dia de inauguração do projecto de conservação e valorização da Fonte do Ídolo, em 2006.
Fica na Rua do Raio, n.º 390, em Braga.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

São Fins de Friestas



Embora no local exista uma placa onde se pode ler "Igreja de Sanfins de Friestas", encontrei uma referência a este monumento (Almeida, Álvaro Duarte de e Belo, Duarte, Portugal Património, Guia - Inventário, Volume I, Círculo de Leitores, Casais de Men Martins, 2007) com a designação "Igreja de São Fins de Friestas". Provavelmente ambas as grafias estão correctas.
Visitei o local no dia 16/08/2006 na companhia do Cruz (colega de trabalho). Embora estivesse a chover bastante, ainda deu para perceber que a igreja românica está quase intacta embora o convento esteja em ruínas.
O Convento e Igreja de Sanfins de Friestas situa-se no Lugar de Eiras, Sanfins, a cerca de doze quilómetros de Valença.
Está classificado como Monumento Nacional por Decreto de 16/06/1910 e pelo Decreto 14425, de 15/10/1927.
O convento parece ter sido fundado no final do século XI, talvez segundo a Regra de São Bento. Mais tarde passou para a Companhia de Jesus, como anexo do Colégio de Jesus de Coimbra, por decisão de D. João III. Na fotografia pode-se ver uma parte do claustro. A igreja é composta por uma única nave, alta e estreita.
A cerca de trezentos metros é possível visitar o cemitério.
É um local isolado, calmo e que vale a pena visitar.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Biblioteca



Esta biblioteca está num edifício do século XIV, onde funciona actualmente a Faculdade de Geografia e História da Universidade de Santiago de Compostela.
Entre as muitas obras que se podem encontrar nesta biblioteca está o livro "De las horas?", considerado o livro mais antigo da Galiza, escrito no ano de 1055.
Tirada em 2004 durante uma visita à Faculdade. Vale a pena a visita.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Tatuagem



Consiste num processo de introdução subcutânea de pigmentos através de agulhas. Segundo dizem, a dor depende um pouco da zona e do tipo de desenho que se tenciona fazer.
Existem provas arqueológicas de que as tatuagens já eram efectuadas no Egipto entre 4000 e 2000 a.C. e também por nativos da Polinésia, Filipinas, Indonésia e Nova Zelândia. No entanto, existem ainda muitas controvérsias e curiosidades. No entanto uma coisa é certa: a história da tatuagem esteve desde sempre ligada à história da evolução do homem. Será que a tatuagem começou na pré-história pelas cicatrizes? E será que elas começaram por ser cicatrizes propositadas?
Esta ideia ganhou ainda mais consistência quando em 1992 foi encontrado nos Alpes o corpo de um homem com mais de 5000 anos, que pertencia à Idade do Bronze e apresentava cinquenta e oito tatuagens que consistiam em pontos e linhas simples.
Há muitas pessoas que as fazem para marcar momentos da vida biológica (nascimento de um filho, maturidade sexual, ...), ou social (vida militar, profissional, casamento, ...).
Na Samoa, o acto de pintar o corpo, marcava a passagem da infância para a maioridade. Enquanto não fosse marcado, por mais idade que tivesse, não teria voz numa roda de adultos nem para tomar uma esposa para si. Quantas mais tatuagens tivesse mais alto seria o seu estatuto social.
No Japão feudal acontecia exactamente o contrário, onde as tatuagens eram efectuadas como forma de punição, tornando-se sinónimo de criminalidade. Quando apareceu a Yakuza, os membros tinham os corpos tatuados em sinal de lealdade e sacrifício à organização e simbolizando a sua oposição ao regime.
Também as civilizações Maias e Astecas e as tribos indígenas dos Estados Unidos eram praticantes da tatuagem.
Charles Darwin afirmou que nenhuma nação desconhecia a arte da tatuagem, porque a maioria dos povos do planeta praticavam ou tinham praticado algum tipo de tatuagem.
O pai da palavra tattoo como a conhecemos actualmente foi o capitão James Cook. Com a circulação dos marinheiros ingleses, a tatuagem tornou-se bastante popular entre eles, fazendo com que a palavra tattoo e a tatuagem entrassem em contacto com outras civilizações pelo mundo.
Em 1879, o governo de Inglaterra adoptou a tatuagem como forma de identificação de criminosos e a partir daí ganhou uma conotação de "fora-da-lei".
Hoje em dia e graças à circulação da informação pelos diversos meios de comunicação, a tatuagem vem cativando cada vez mais pessoas de todas as camadas sociais, que as fazem como forma de diferenciação e afirmação social. Mas há muito outros motivos: "porque é moda", "porque é sensual" ou "porque o amigo fez".
Esta é a do Nuno, que ainda está fresca e que poderá levar alguns amigos a fazer algo do género... um dia.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Agricultura biológica



O Núcleo de Braga da "Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza" organizou uma acção de formação no Centro Interpretativo do Carvalho de Calvos intitulada "Faça Agricultura Biológica no seu quintal".
Este foi o resultado (para além das couves, cebolas, feijão, etc.) de 18 horas de formação distribuídas por 18 semanas.
«A Agricultura Biológica é um sistema de produção holístico, que promove e melhora a saúde do ecossistema agrícola, ao fomentar a biodiversidade, os ciclos biológicos e a actividade biológica do solo. Privilegia o uso de boas práticas de gestão da exploração agrícola, em lugar do recurso a factores de produção externos, tendo em conta que os sistemas de produção devem ser adaptados às condições regionais. Isto é conseguido, sempre que possível, através do uso de métodos culturais, biológicos e mecânicos em detrimento da utilização de materiais sintéticos.» (Codex Alimentarius Comission, FAO/WHO, 1999).
Uma das formas de evitar algumas das pragas das culturas é fazendo uma consociação de plantas. Quem não viu já plantações de milho e feijão juntos? Plantar um ou dois pés de linho em cada fila de uma plantação de batatas repele o escaravelho. Da mesma forma fazer uma plantação de cenoura e à volta plantar alecrim, salva ou losna, repelem a mosca da cenoura. Evitam-se assim o uso de pesticidas.
Há no entanto outras associações de plantas que são desfavoráveis podendo potenciar as pragas, como por exemplo a beringela e a batata, por ambas terem a mesma praga: o escaravelho.
Foram momentos interessantes de conhecimento e enriquecimento cultural para mim, que pouco ou nada percebo de agricultura.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Monte Farinha



Tem uma forma cónica.
Tem 947 metros de altura.
Existem várias formas de chegar ao topo: a estrada com uma inclinação de 12%; para os amantes das motas e dos jipes existem trilhos e estradões em terra batida; para os romeiros, peregrinos e adeptos de pedestrianismo há o antiquíssimo caminho pedonal, que ainda hoje é percorrido e que está devidamente sinalizado.
É um monte que está recheado de muitas lendas e muitos mistérios: lenda da moura encantada, lenda da Cinínia, lenda dos pescadores, lenda da pedra alta, lenda da serpente, lenda do raio de sol, lenda do ermitão e lenda da mina dos mouros.
Ao longo dos anos sempre teve bastante importância estratégica, sendo conhecidos e referenciados sítios fortificados e vários castros: Castro do Castroeiro (tem sido objecto de escavações e estudos à vários anos); estação do Campelo (santuário de gravuras e insculturas rupestres) e a Pedra Alta que é classificada por alguns entendidos como um menir; entre outros.
É utilizado para a prática de uma série de desportos: as "rampas" de automobilismo que nos anos setenta fizeram sucesso, mas que depois de uma série de anos de interrupção, voltam agora ao panorama desportivo; na volta a Portugal em bicicleta é considerada a etapa rainha; o cicloturismo e o BTT também já descobriram as potencialidades deste monte; o motoclube local também já organizou encontros neste sítio; o já falado pedestrianismo, com um percurso de grande valor histórico-cultural; é usado pelo clube local de parapente para as suas provas e por outros que são atraídos pelas condições de voo; e depois os inúmeros passeios, encontros e concentrações de escuteiros, passeios em BTT ou 4x4 ou de orientação; tem parque de merendas, parque infantil e parque de jogos.
No seu cume está situado o santuário de Nossa Senhora da Graça, onde se realizam as três festas oficiais: a Ascensão, no último domingo de Maio, que se realizou pela primeira vez em 1945, como forma de agradecimento, depois da II Guerra Mundial; a Santiago, no dia 25 de Julho, secular romaria, já referenciada em 1500; e a grande Peregrinação Anual no primeiro domingo de Setembro.
É visto de quase toda a região e do seu cume conseguem-se avistar quilómetros a perder de vista de bonitas paisagens.
É mais conhecido por Monte da Senhora da Graça. Fica no concelho de Mondim de Basto.
Foto tirada no dia 23 de Abril de 2006, numa visita com a Gui e o António a recordar o mês de estágio deles naquelas bandas.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Anta do Pinheiro dos Abraços



É um dólmen constituído por câmara, parcialmente destruída onde são visíveis apenas cinco dos oito esteios e corredor com cerca de vinte metros. É um monumento megalítico e poderá ter cerca de sete ou oito mil anos e que chegou até nós quase intacto. Como era possível fazer este tipo de construção sem a ajuda do tipo de equipamento que temos hoje em dia ao nosso dispor?
Fica mesmo à face da estrada EN230-6, entre Bobadela e Oliveira do Hospital e mesmo em frente ao "Espiritos Club" (um local aonde aconselho vivamente a visita).
O nome do monumento provem de um exemplar de Pinus Pinaster, que fica próximo, com cerca de cinco metros de perímetro do tronco e com cerca de vinte e cinco metros de altura total (é considerado o pinheiro mais velho e de tronco mais grosso existente em Portugal e está classificado de Interesse Público).
Também é conhecida por Anta da Bobadela ou Anta do Pinhal da Coitena.