quarta-feira, 14 de abril de 2010

Pasteis



Depois da revolução Liberal são encerrados todos os conventos e mosteiros de Portugal e o clero e os respectivos trabalhadores são expulsos.
Segundo consta, alguém que teria pertencido ao Mosteiro dos Jerónimos, pôs à venda uns pasteis, como forma de sobrevivência.
Esta venda de pasteis inicia-se junto ao Mosteiro, num estabelecimento que estava associado a uma refinaria de cana-de-açúcar.
Os pasteis, cuja receita ainda se mantém sem alterações até aos dias de hoje, passam a ser produzidos, a partir de 1837, em instalações anexas à refinaria.
Na altura o pasteleiro do mosteiro terá vendido a receita ao empresário português Domingos Rafael Alves, vindo do Brasil. A receita continua ainda hoje na posse dos seus descendentes, sendo uma marca patenteada (nome e receita).
Apenas os mestres pasteleiros conhecem a receita, que é feita de forma artesanal, assinam um termo de responsabilidade e fazem um juramento onde se comprometem a não a divulgar.
Por dia são confeccionados cerca de dez mil pasteis.
Vale a pena um passeio até ao Mosteiro dos Jerónimos e à Torre de Belém e fazer uma paragem para provar, ou recordar o sabor, dos pasteis que rapidamente ficaram conhecidos por "Pasteis de Belém", que são servidos ainda quentes e polvilhados com açúcar e canela.

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