segunda-feira, 10 de maio de 2010

Festa das Cruzes



É considerada a primeira grande romaria que abre o ciclo de festividades do Alto Minho (ou das famosas romarias minhotas), um misto de animação, luz, cor e alegria.
As Festas das Cruzes de Barcelos assentam no conhecido milagre das cruzes, que terá dado origem à construção do Templo do Senhor Bom Jesus da Cruz e às próprias festas.
Não existem certezas quanto ao ano a que remontam, mas sabe-se que já se realizavam em 1852, quando D. Pedro (então príncipe) e D. Luís I (então infante) se deslocaram a Barcelos para assistirem às Festas das Cruzes.
Também se desconhece a data da formação da Real Irmandade do Senhor da Cruz, embora a sua existência aponte para o ano de 1609. A irmandade adopta o epíteto de real quando o rei D. Pedro IV aceita ser seu juiz perpétuo.
A lenda do milagre encontra-se associada à aparição de uma cruz negra, acompanhada da figura de Deus, a um sapateiro de Barcelos.
Até ao século XIX as festas tinham essencialmente um cariz religioso, para onde acorriam romeiros de todo o país e da Galiza, que vinham a pé, descalços, em romaria, cantando e dançando, com o farnel à cabeça. As festas eram pretexto para encontro entre os mais velhos e a concretização de negócios e para os mais novos eram as oportunidades de namoricos, marcação de novos encontros, que mais tarde se traduziam em namoros e casamentos.
No século XX, à essência religiosa foram-se adicionando elementos de características profanas, visíveis no aspecto lúdico: carroceis, barracas de diversão, corridas de cavalos, espectáculos de circo, fogo de artifício, cortejos etnográficos, torneios e concursos entre muitos outros.
As festas realizam-se todos os anos no dia 3 de Maio (feriado municipal).

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